Como disse o meu amigo e companheiro de redação lá na Gazeta José Feitosa, sobre o Seedorf, do Botafogo: "Craque é craque, faz o dele dentro de campo e pronto". E o Feitosa tem toda a razão. O jogador quando é craque, ele não precisa ficar fazendo malabarismos dentro de campo, para querer aparecer, chamar a atenção. Ele chega no jogo e faz o trabalho dele, com competência e qualidade, não fica cheio de firulas. Ele dá conta do recado e pronto!
Ele não fica feito um maluco desesperado, girando de um lado para o outro no gramado, tentando fazer as jogadas de qualquer jeito, sem pensar. Ele não fica tentando fazer o gol a qualquer preço ou dar dribles mirabolantes, somente para passar a impressão de que "fez alguma coisa em campo". Não, ele não faz nada disso.
O craque que é craque, verdadeiramente, entra e campo e age com naturalidade, como se fosse a coisa mais normal do mundo ele fazer o que está fazendo ali.
Isso diferentemente de algumas figuras que vejo e já vi muito no futebol por aí a fora e, claro, aqui em Alagoas. Figuras essas que algumas pessoas - torcedores e até gente da imprensa mesmo - costumam denominar de craque (e até apelidam de Messi Gol, Imperador, Fulaninho Gol, Sicraninho Gol, por exemplo) sem ser, na verdade, porcaria nenhuma!
O craque verdadeiro é tranquilo - e sabe que é craque - e em momento algum precisa que algum puxa-saco vá falar isso para ele.
Assim é o Seedorf. Joga muito, faz o que tem que fazer, chega e dá conta do recado. E ponto final!
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