domingo, 10 de julho de 2011

"Razão ou coração?"

Postei a seguinte pergunta no meu Twitter: "O que fazer quando o coração quer ir adiante e a razão diz que não?"
E logo veio uma resposta. Veio do amigo André Falcão, que respondeu enviando-me este texto, "Razão ou Coração?", que eu reproduzo aqui, com a devida autorização dele, claro!

Vale a pena ler. O texto está postado, também, no blog dele. 

"Quando a gente para pra pensar de logo percebe a força “natural” do coração. Aliás, natural está entre aspas porque, inerente ao ser humano a razão, também natural o é. E digo coração, não emoção, porque quero ressaltar aquela que se sente quando se está apaixonado, que popularmente falando me soa mais adequado.

Mas embora naturais sejam ambos, o coração é como que mais próximo da gente, mais próximo do animal que, afinal, somos. O coração é instinto. A razão? É intelecto. É o coração que mais naturalmente nos move, ou tenta nos mover. E dificilmente a razão consegue imprimir esse movimento, quando o coração não o quer, sem parecer antinatural.
No carro das paixões, a verdade é que o coração é o acelerador, enquanto a razão, o freio. Parafraseando Arnaldo Jabor, a razão seria prosa; o coração, poesia. Ou Rita Lee: este, sexo; aquele, amor.
Apaixone-se pela mulher “errada”! O coração diz: quero. E vai com tudo. A razão: caia fora. E tenta freá-lo. O coração instintivamente vê-se dominado. A razão tenta livrá-lo daquela, para ela, equivocada escolha. O coração te acelera; a razão tenta frear-te. Normalmente, e isto é o mais chato — mas a nossa sorte —, a razão é que está certa. Aliás, a razão é uma chata. É como aquele amigo que te puxa as orelhas, tenta abrir-te os olhos para o perigo. Você o detesta, na hora; mas se ouvi-lo, agradece-o, depois.
Tente apaixonar-se pela mulher certa! A razão diz: vá. Ótimas qualidades. O coração,... nem tchum. Tá nem aí. Você pode até tentar atendê-la, seguir suas recomendações, mas o coração permanecerá independentemente forte na sua indiferença, às vezes até no seu desprezo. A razão abdica do freio, para tentar tornar-se acelerador. O coração simplesmente não acelera, servindo-te, aí, de freio. A razão pode até vencer, mas você jamais se sentirá vitorioso. Nessas horas, a razão, embora na sua habitual frieza possa estar certa, permanece incompetente face ao coração. O coração é independente e livre. A razão limita o exercício dessa liberdade. Ou tenta.
O coração, embora mais próximo nos pareça, pode ser traiçoeiro, justamente porque desafeiçoado de razão em suas escolhas... Pode te fazer entrar numa "barca furada". E aí, amigo,... reze. Se você não atendeu à razão, ou se esta adormecera,... reze. E tente, ainda que vítima do naufrágio anunciado, ainda que se sentindo um Robinson Crusoé da paixão, atender à razão. Tardiamente que seja. Afinal, nunca é tarde demais."

2 comentários:

André Falcão de Melo disse...

Brigado, garota.
E boa sorte! hehe
Bj no coração.

Fernandinha disse...

É como diz a música do NX0: "Entre razões e emoções a saída é fazer valer a pena..."