terça-feira, 6 de agosto de 2013

A matéria que eu nunca desejaria fazer

Muito triste eu estou. Hoje fui ao velório do amigo querido, meu mestre na crônica esportiva Jurandir Costa, falecido na madrugada desta terça-feira. Fui por causa do carinho, amizade, consideração que tenho por ele e pela familia dele - conheço tda a família, há anos - e também pra fazer a matéria que sairá nas páginas da Gazeta de Alagoas de amanhã. É a matéria que eu nunca desejaria fazer!
Lá no cemitério muitos amigos, familiares, fãs, admiradores de Jura Costa, tanto do lado do CSA, seu clube de coração - que ele nunca escondeu - como do lado do CRB. Raimundo Tavares, Rafael Tenório, Berivaldo Lins, Roberto Mendes, Deda...
Encontrei Tito Borges - pai da Aninha Ludovico - torcedor do CRB. Eu nem tinha reconhecido ele. Mas Tito chegou até mim e me cumprimentou: Fernandinha! Eu parei e fiquei imaginando quem era ele, meio desolada. E disse: desculpe, mas não tô lembrando... E ele: Mas eu eu lhe conheço. Eu sou o Tito Borges. E me deu um abraço apertado e carinhoso.
Fui às lágrimas. Não me segurei. E os gestos carinhosos, os abraços não pararam para comigo. Parece que eu era família do Jura. Assim foi também quando falei com pessoas amigas como Emerson JúniorEduardo CardealHanny VasconcelosThiago OmenaAndré Braga, Paulinho Guedes, Silvio Targino (meu primo), Alberto Lima, Raimundo Jorge, Fernando James, Roberto Mendes, Cristiano Matheus IIWaldemir Rodrigues, Miguel Torres, Carlos Miranda, Luiz Alfredo, Varínia Valéria Borges (sobrinha) e as tias dela, irmãs de Jurandir. Desculpe-me se esqueci o nome de alguém.
Meu amigo querido Rogério Costa, eu fiquei sem palavras ao falar com ele. Chorei muito também. Ele disse: Nanda, ele gostava muito de você.
Falei também, muito emocionada, com Fernando Melo (filho) e a esposa, Edise Costa e Patrick (esposa e filho de Rogério)... E com dona Clara Maria, viúva do Jura, que repetiu o que Rogério tinha me dito: Nanda, o Jura gostava muito de você, falava muito em você. Ele dizia que você era a foquinha dele (de "foca", porque comecei na crônica esportiva com ele).
Muitos que sabiam disso - que foi o Jura quem me "descobriu" para o rádio -, disseram: Você era a filha mais velha do Jura, é a irmã de coração do Rogério.
Meu Deus, quanto mais falavam, mais eu chorava!!!
Quantas vezes eu liguei pro Jura pra desabafar, pra pedir conselhos, pra contar meus problemas, minhas tristezas, decepções, e pra rir, rir muito também! E ele, sempre me ouvia, sempre me dava forças, aconselhava, ajudava, apoiava. Coisa que gente da minha própria família nunca fez.
Mas a vida é assim. A gente vai perdendo quem a gente ama. Já perdi meu pai, minha mãe, uma tia querida (Dirce) que também conhecia o Jura e que trabalhou com ele nos Correios. E vai ficando um vazio de repente. Vazio que só Deus pode preencher.
Então, Força e Fé, para toda a família do Jura!

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