E assim ganhei o frescor da água.
Perdi o temor dos ventos.
E assim ganhei o seu cantar nos fios.
Perdi o temor do silêncio.
E assim ganhei momentos de paz.
Perdi o temor do julgamento dos outros.
E assim ganhei caminhos mais abertos de liberdade.
Perdi o temor de investir tempo em coisas sem importância.
E assim ganhei entardeceres, estrelas, pedaços de luar, águas rebrilhando ao sol.
E assim ganhei a bendita multiplicação do meu tempo.
Perdi o temor de me expor.
E assim ganhei a confiança no que sou e no que podem ser as pessoas.
Perdi o apego às coisas materiais.
E assim ganhei a alegria da simplicidade.
Perdi o temor da competição.
E assim ganhei o sabor das vitórias e os ensinamentos das derrotas.
Perdi o temor de desbravar caminhos conhecidos.
Perdi do temor de dizer minhas verdades frontalmente.
E assim ganhei aqueles que me eram sinceros e leais.
E assim ganhei aqueles que me eram sinceros e leais.
Perdi o medo do dia de amanhã.
E assim ganhei o hoje.
E assim ganhei o hoje.
Perdi a segurança das minhas "verdades únicas".
E assim aprendi a ouvir os outros.
E assim senti multiplicado o imenso e doce poder do amor.
Perdi o medo da morte.
E assim ganhei a vida!
(Texto: Agnaldo Guimarães)
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