quarta-feira, 22 de outubro de 2014

TJD, FAF, União: sentimento de indignação

Vergonha! Com essa palavra começo essa minha postagem. Vejam só por que eu estou dizendo isso. Cheguei quase agora do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-AL), onde fui fazer a cobertura do julgamento do caso dos atletas-funcionários da Federação Alagoana de Futebol (FAF) que foram inscritos no União Palmeirense, time que disputa a 2ª Divisão do Campeonato Alagoano, simplesmente porque não havia quantidade suficiente de atletas na equipe e, então, foi feita a inscrição desses "craques", com idades acima de 40 anos.
Pois bem, fui com o companheiro de Redação da Gazeta de Alagoas Wellington Santos. Saímos de lá, daquela corte, indignados. Isso mesmo. Eu, particularmente, saí da sala de sessões estarrecida com o que eu vi: a absolvição do União Palmeirense. Apenas a FAF foi punida com multa de R$ 10 mil. Ainda cabe recurso nos dois casos. O julgamento foi feito pela 1ª Comissão Disciplinar do TJD. Quem ofereceu a denúncia desse caso foi o procurador do órgão, Petrúcio Guedes. 
Aí eu pergunto: como é que pode inscrever funcionários da própria entidade (FAF) em time A ou B, porque o mesmo não tem quantidade suficiente de atletas para disputar uma competição??? Sinceramente, eu não entendo. Acho que estou ficando doida, ou burra... Ou então querem fazer a gente, imprensa, de idiota. Só pode.
Um caso como esse não abre um precedente para que outros clubes, ano que vem, também queiram que a FAF inscreva seus funcionários em algum deles? E pergunto mais: por que beneficiar somente o União, já que teve outro time também que não tinha jogadores e por isso mesmo ele não pôde disputar a competição?
Mas é assim mesmo. É por isso que o futebol de Alagoas está essa bagunça! E diante disso, a cada dia, eu perco mais a esperança de que ainda vou ver um futebol que nos dê orgulho aqui em Alagoas e não nos deixe envergonhados.
Não vou dizer aqui que nunca mais irei a nenhum julgamento no TJD, pois, se preciso for, terei de ir, afinal, na minha profissão de jornalista, se algum caso merecer cobertura terei de ir de qualquer maneira. Mas vou fazer o possível para não mais acompanhar certas sessões realizadas naquela corte, pois o sentimento de indignação é grande. Pronto, falei!

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